hamletiana: creditar ou não creditar... that´s the question!
A enquete aí ao lado é uma sacudidela que acredito importantíssima no nosso meio: que papel as assessorias de imprensa podem e devem ter.
Sem querer influenciar ninguém, defendo o crédito das informações oriundas de assessorias, para que ao menos fique clara a origem da fonte. Hoje li, na edição gorda de um matutino brasileiro, mais uma errata que colocava a culpa no assessor de imprensa. Engraçado é que, na hora de divulgar, ninguém avisa que aquela informação veio embaladinha pra presente num release, e que o repórter não teve qualquer ingerência no trabalho de apuração ou redação – no máximo, tascou um CTRL+C CTRL+V e saiu pro abraço.
Na hora de reconhecer o erro, no entanto, o nome da assessoria logo é estampado em letras garrafais.
Para mim, creditar a informação que vem das assessorias já seria um bom começo.
Ao leitor, portanto, que reste ao menos a opção da dúvida.
(O título do post, lá em cima, é inspirado numa resposta que obtive do primeiro jornalista que entrevistei para a dissertação. Ao ser questionado se acreditava ser Assessoria de Imprensa Jornalismo, ele disse na lata: "Assim como a Eutanásia está para a Medicina").
E vocês, o que acham?
Vez por outra vou retomar um tema que me foi bastante caro à época do meu Mestrado – a influência das assessorias na produção dos jornais –, porque indissociável da questão da 'cordialidade', do jornalismo sem conflito.
A enquete aí ao lado é uma sacudidela que acredito importantíssima no nosso meio: que papel as assessorias de imprensa podem e devem ter.
Sem querer influenciar ninguém, defendo o crédito das informações oriundas de assessorias, para que ao menos fique clara a origem da fonte. Hoje li, na edição gorda de um matutino brasileiro, mais uma errata que colocava a culpa no assessor de imprensa. Engraçado é que, na hora de divulgar, ninguém avisa que aquela informação veio embaladinha pra presente num release, e que o repórter não teve qualquer ingerência no trabalho de apuração ou redação – no máximo, tascou um CTRL+C CTRL+V e saiu pro abraço.
Na hora de reconhecer o erro, no entanto, o nome da assessoria logo é estampado em letras garrafais.
Para mim, creditar a informação que vem das assessorias já seria um bom começo.
Ao leitor, portanto, que reste ao menos a opção da dúvida.
(O título do post, lá em cima, é inspirado numa resposta que obtive do primeiro jornalista que entrevistei para a dissertação. Ao ser questionado se acreditava ser Assessoria de Imprensa Jornalismo, ele disse na lata: "Assim como a Eutanásia está para a Medicina").
E vocês, o que acham?
8 comentários:
Adri, finalmente saí da inércia e resolvi ser cordial com você, no bom sentido, claro, e dizer que venho acompanhando o seu blog e acho que sua pesquisa é 10. Igual a você, claro! Valiosa para o jornalismo como poucas. Bjs
valeu, aragão! pelo post e pela 'cordialidade', por supuesto. :) escreve mais, sua opinião é bastante valiosa pra mim, desde os idos tempos de uma certa missa campal...
Da mesma forma que, a princípio, sou a favor da Eutanásia, acredito que Assessoria de Imprensa é, sim, Jornalismo. Pena que, muitas vezes, os interesses particulares das asserias, que acabam levando-as a fornecer notícias duvidosas, sejam diretamente proporcionais a falta de comprometimento de alguns repórteres, que não checam as informações como deveriam. Quanto às fontes, acho 'engraçado' quando o jornal erra. As famosas erratas saem em letras tão pequenas e num espaço tão escondido que quase não se percebe. Acho tão desrespeitoso quanto não citar a fonte e, depois escrevê-la em letras garrafais só para justificar o erro.
Beijo, Adriana! Te cuida.
Pois olha, às vezes eu fico em dúvida sobre se é mais pra eutanásia ou pra aborto...
Vige, Adriana!!
Como é q eu só vi teu site agora??!! Adorei tudo. Tou doido pra ver a pesquisa!
eduarda, acredito que interesse pessoal sempre há. em maior ou menor escala, dos dois lados do balcão. o problema são os exageros. o engraçado é que nos acostumamos tanto a eles, que quando paramos para criticar, soa até bobo, naive mesmo, né?
marcelo, concordo com você. sem a apuração devida, e com o uso abusivo de release, acabamos matando as notícias antes mesmo de as coitadas nascerem.
ivanzinho, salve! sou leitora assídua do ombudspe. sua presença aqui, além de bem-vinda, é exigida pela blogueira! bjs nas meninas.
Profê.?
Quanto tempo?
Sou Adriana sua ex- aluna da FMN? Lembrou... pois é a minha opinião neste assunto é extremamente importante pois as Assessorias de Imprensa são e fazem parte constante no Jornalismo. Apesar de ser ainda estudante quero deixar claro que à procura de estágio no ramo, só aparecem em Assessorias... Aí de nós estagiários se não fossem as AIs... ;)
Parabéns pelo seu Blog me tornei uma acompanhante assídua deste recinto!
adriana, tudo bem? de maneira alguma subestimo o potencial das assessorias de imprensa, principalmente no tocante à questão da empregabilidade. minha crítica maior, na verdade, não é em relação às assessorias, mas ao mau uso das informações transmitidas por elas. um abraço e lembranças à turma da FMN.
Postar um comentário