domingo, 29 de junho de 2008

Descampado


Fruto da disciplina Jornalismo Investigativo, que tive o prazer de conduzir neste semestre na UFPE, 28 estudantes, em sua maioria do 3º período, fizeram 'barba, cabelo e bigode' de uma extensa reportagem. Pauta, apuração, entrevistas, imagens, redação, edição e checagem ficaram a cargo desses moços e moças, que cumpriram a tarefa de 'radiografar' o campus da Universidade.

Passaram por todos os percalços do processo. Chás-de-cadeira, pautas furadas, resistência a entrevistas, dificuldade no acesso a informação. Também sentiram o gostinho da apuração bem feita, do texto fluindo, do resultado estampado na tela, prontinho.

Até tiveram uma audiência com o reitor, para explicar as razões e propósitos das mais de 70 matérias produzidas.

O Descampado, pois, está no ar. Entrem, que é de graça e não dói, e conheçam o primeiro trabalho de reportagem desses jovens repórteres.

sábado, 21 de junho de 2008

lendas urbanas não perecem

Assim como os Highlander e os diamantes, as lendas urbanas são eternas

Circulou esta semana, na lista de discussão da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), um comentário interessantíssimo a respeito da crença e - do que é pior - propagação de lendas urbanas pela imprensa.

Muito recentemente, o Observatório de Imprensa noticiou sobre um texto que seria, supostamente, de autoria de uma publicação de Maceió, que trazia uma coleção de imprecisões e absurdos histórico-político-econômicos a respeito de Lisboa.

Por exemplo: "O curioso é que 2/3 da capital portuguesa desapareceram após a II Guerra Mundial, mas o primeiro ministro de então, Marquês de Pombal, providenciou a recuperação das ruínas, com orientação de excelentes arquitetos, preservando a originalidade das construções."

Essa história rola pelo menos há quatro anos, mas até agora ninguém conseguiu confirmar se o texto saiu mesmo na tal de revista alagoana e, o que é pior, se não se trata de uma piada com requintes de humor da mais alta estirpe. Se há jornalismo, o mínimo que se poderia fazer, antes de espalhar essas pérolas, é investigar.

Se não se encontrar comprovação, não haveria como vaticinar a autoria, a efetiva publicação e, muito menos, a veracidade desse trem.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Da Fuzarca


SPORT, SPORT, SPORT! - TimAÇO

O Leão
(Vinícius de Moraes)

Leão! Leão! Leão! Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação

Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro

Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna
Leão! Leão! Leão! Foi Deus quem te fez ou não
Leão! Leão! Leão! És o rei da criação

O salto do tigre é rápido
Como o raio, mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte
Pois bem, se ele vê o leão
Foge como um furacão

Leão! Leão! Leão! És o rei da criação
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus quem te fez ou não

Leão se esgueirando à espera
Da passagem de outra fera
Vem um tigre, como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo
Quando se cansam, o leão
Mata um com cada mão


(Para não fugir da temática: a transmissão do jogo quase ter se limitado a mostrar, incessantemente, a torcida do Corinthians - enquanto o caldeirão da Ilha do Retiro fervia - foi no mínimo de amargar!)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Clamor de inocência

Devo, não nego. Pago (ou volto a postar com freqüência decente) quando puder. Caríssimos, estou em grande débito com este espaço e, em conseqüência, com meus poucos - porém fiéis - leitores. Volto em breve à rotina normal. Minha gente, "não me deixem só", numa alusão a um nefasto, mas não tão longínquo, passado político.

Para ouvir ao som de:

Basta de clamares inocência (http://www.youtube.com/watch?v=8o6zm5wvcIM)
Composição: Cartola

Basta de clamares inocência
Eu
sei todo o mal que a mim você fez
Você desconhece consciência
Só deseja o mal a quem o bem te fez
Basta, não ajoelhes, vá embora
Se estás arrependida
Vê se chora
Quando você partiu
Disseste chora, não chorei
Caprichosamente fui esquecendo
Que te amei
Hoje me encontras tão alegre e diferente
Jesus não castiga o filho que está inocente
Basta, não ajoelhes, vá embora
Se estás arrependida
Vê se chora