Tenho acompanhado alguns casos, se não completamente semelhantes, não muito diversos ao que ocorreu no processo seletivo da Unip. Já me deparei com alunos de cursos de Jornalismo que poderiam, sem sombra de dúvidas, estar enquadrados na categoria de analfabetos funcionais. Não estou exagerando.
Da primeira vez que isso ocorreu, me perguntei de que forma esses jovens haviam conseguido passar no exame de admissão. Da segunda, terceira, quarta e outras tantas vezes que encontrei estudantes universitários nessa situação, me dei conta do óbvio: era evidente que algumas instituições privadas estavam - para dizer o mínimo - facilitando o ingresso desses meninos. Num comentário postado no G1, leitora diz melhor do que eu com a piadinha (editada):
"Tem a história do cara que ligou para a Universidade, pois queria fazer a inscrição para o vestibular. A secretária da tal falcudade responde: "É da Universidade sim, e você já está matriculado. Era só isso?"
É certo que esses alunos já vêm de escolas com sistemas educacionais falidos, sem estímulo, sem leitura e, por vezes, agravados pela falta de acompanhamento dos pais em suas vidas escolares. Mas uma falha não pode justificar outra. Não é porque o ensino médio é falho que o superior deve 'compensar' essa mácula abrindo as porteiras.
Agora, a pergunta que nunca vai deixar de ecoar no meu juízo: como é possível o MEC aprovar não só a criação, como a permanência de algumas faculdades? Ainda não encontrei, por parte do ministério, sequer alguma explicação convincente. Se alguém a tiver, por favor, socializem-na aqui neste espaço.
(agradeço de coração aos posts e e-mails de apoio em relação à saúde das minhas pequenas. pneumonia é traiçoeira, exige cuidados mil, mas elas estão melhorando, graças a Deus).
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