terça-feira, 25 de dezembro de 2007
curiosidade premiada
quando criança, não me perguntem em que Era, ganhei de presente um livrinho (imagem acima) bacanérrimo, intitulado 'A Curiosidade Premiada'. versava sobre uma menina que torrava a paciência de quem estivesse ao redor, com perguntas de qualquer natureza, a todo o momento.
desconfio que minha mãe, em seus insights de bibliotecária e, naturalmente, amante dos livros, queria na verdade me explicar que, mesmo se impacientando algumas vezes com minhas séries intermináveis de porquês, até admirava esse meu jeito irritante de ser.
os dois parágrafos acima são justificados para complementar o comentário de Marcelo, do blog E você com isso? , sobre como a curiosidade tem se tornado artigo raro entre muitos coleguinhas. E exemplificou com algumas paupérrimas entrevistas ping-pong. Nelas, o esquema parece se repetir na seqüência:
1) o sujeito pergunta
2) 'ouve' a resposta balançando a cabeça como tartaruga
3) ignora solenemente o conteúdo
4) faz outra pergunta sem qualquer referência à resposta anterior
5) emenda com outra pergunta, seguindo seu roteiro infalível
Nesse ínterim, as grandes sacadas se perdem entre uma resposta e outra. E a conversa termina como um grande questionário. Insípido, incolor e inodoro.
Nas minhas aulas de Técnicas de Entrevista e Reportagem (nomenclatura odiosa), sempre lembro aos meninos que as melhores perguntas geralmente nascem das respostas. É só ter ouvidos de ouvir. E uma curiosidade insaciável, por supuesto.
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3 comentários:
Aê, Adriana, dei link pro seu blog na lista de blogueiros da comunicação. abs e boas festas
obrigada pela força, rogério. boas festas pra vc também!
Valeu pela visita ao urgente! Abs.
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