Ver a pesquisa saindo da gaveta, caminhando a passos largos pela rua, numa quase-independência, sendo vista, analisada e discutida por outras pessoas fora do circuito acadêmico; era tudo isso o que me faltava, e é o que acaba de começar a acontecer com a minha tese.
Iniciei, de fato, o trabalho de campo, e aparte a falta de jeito e incômodos iniciais (quem ainda acha que trabalho etnográfico é só olhar os outros com imperceptível cara de paisagem, perdão, mas caiu do cavalo em disparada), está sendo uma lufada de brisa marinha nos meus escritos.
A minha observação das rotinas de apuração num jornal irá durar nove meses. Sim, um novo parto. Mas já sei, de antemão, que essas 'contrações' me trarão a tão visada (por mim) desburocratização do texto acadêmico e a aproximação, com a bênção de João do Rio, à "alma encantadora das ruas".
(dica bibliográfica e meu atual livro de cabeceira: BEAUD, Stéphane;WEBER, Florence. Guia para a Pesquisa de Campo: produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007)
3 comentários:
Boa sorte com seu trabalho de campo.
obridaga, rafael! abs
Realmente ver a pesquisa saindo da gaveta, tomando corpo, sendo comentada,... deve ser uma sensação muito boa! Estou louca para que a minha chegue a este estágio! Parabéns!
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