Chego à centésima postagem neste blog para comentar um artigo recém-finalizado, sobre os rearranjos feitos pelos jornalistas num momento em que há uma profusão de 'não-profissionais' (na falta de melhor termo) produzindo e compartilhando conteúdo informativo.
Particularmente, defendo a participação cada vez maior dos usuários na construção noticiosa, por razões óbvias: maior democratização na produção de conteúdo, mais vozes para compor as narrativas, bem como a aceleração do acesso a informações, uma vez que podem disponibilizar dados no momento exato em que os fatos estão acontecendo.
Mas também defendo que esta participação dos cidadãos seja acompanhada da presença do repórter, quer seja para contextualizar o fato, trazer novos olhares, complementar e checar as informações.
Ainda que fotos, textos e vídeos possam chegar com facilidade às redações, como já chegam e continuarão a chegar cada vez em maior quantidade e de maneira mais rápida, acho que é difícil não reconhecer que o repórter que não se limita à redação e ao ciberespaço na apuração, e dá pelo menos uma espiada saudável pela janela, sempre vai fazer uma diferença pra lá de significativa.
Meu recado é esse: olhemos mais pela janela. Literal e metaforicamente falando.
Um comentário:
Como escritor sei que nem sempre nossa palavras são bem interpretadas. João Ubaldo Ribeiro certa vez falou que reprovaria no vestibular se colocasse sua interpretação sobre seus próprios textos, haja vista a comissão ter interpretado o texto de uma maneira diferente da do próprio autor, ou seja, para não julgá-la pela minha interpretação desse seu post prefiro dizer que não o entendi bem. (???)
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