segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aqui me tens de regresso...


Se alguém manteve a paciência e vez por outra acessou este espaço nos últimos dois meses, agradeço pela delicadeza e informo que voltei para ficar. Retornei à terrinha, retomei a pesquisa e os estudos, e a vontade de 'socializar' meus percalços e descobertas acadêmicas está maior do que nunca.

Hoje participei de uma conversa com Sylvia Moretzsohn, no auditório do PPGCOM da UFPE. Já tinha lido, de uma tacada só, a tese de doutorado (que virou livro) da pesquisadora - Pensando contra os fatos: Jornalismo e cotidiano, do senso comum ao senso crítico -, e foi como um soco de direita no estômago.

Acredito que ela entende o jornalismo da mesma maneira com a qual eu tenho pensado e encarado. O fazer jornalístico desvinculado dos maniqueísmos, que criam uma imagem, de um lado, de atividade extremamente constrangida e podada pelo 'sistema' e, por outro, de uma profissão liberta das amarras estruturais. Moretzsohn consegue enxergar instantes de 'fissuras', brechas nas quais é possível a realização de um trabalho criador e que pode contribuir para se alcançar o quimérico (?) esclarecimento do público. Recomendo a todos a leitura dessa obra, sobre a qual discutimos hoje.

Uma 'palhinha' da conversa pode ser conferida no sítio http://www.ufpe.br/jornalismo, um trabalho de cobertura feito pelos alunos de graduação em Jornalismo Luísa Ferreira, Guilherme Carréra, Diana Melo e André Simões (que, mais uma vez, se voluntariaram para fazer a cobertura em tempo real de um evento promovido pelo nosso Grupo de Pesquisa Jornalismo e Contemporaneidade).

Sobre esse 'jornalismo possível', gostaria muito de ouvir vocês. E aí, meu povo, vocês acham que dá para fazer jornalismo com as ferramentas, espaços, constrangimentos e restrições que temos atualmente? (ou melhor: que sempre tivemos)

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