Circulou esta semana, na lista de discussão da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), um comentário interessantíssimo a respeito da crença e - do que é pior - propagação de lendas urbanas pela imprensa.
Muito recentemente, o Observatório de Imprensa noticiou sobre um texto que seria, supostamente, de autoria de uma publicação de Maceió, que trazia uma coleção de imprecisões e absurdos histórico-político-econômicos a respeito de Lisboa.
Por exemplo: "O curioso é que 2/3 da capital portuguesa desapareceram após a II Guerra Mundial, mas o primeiro ministro de então, Marquês de Pombal, providenciou a recuperação das ruínas, com orientação de excelentes arquitetos, preservando a originalidade das construções."
Essa história rola pelo menos há quatro anos, mas até agora ninguém conseguiu confirmar se o texto saiu mesmo na tal de revista alagoana e, o que é pior, se não se trata de uma piada com requintes de humor da mais alta estirpe. Se há jornalismo, o mínimo que se poderia fazer, antes de espalhar essas pérolas, é investigar.
Se não se encontrar comprovação, não haveria como vaticinar a autoria, a efetiva publicação e, muito menos, a veracidade desse trem.
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